O cantor de hip-hop Wyclef Jean não teve sua candidatura a presidente do Haiti aprovada para as eleições de 28 de novembro.
O nome do cantor não está na lista de candidatos aprovados pelo conselho eleitoral provisório do Haiti que atendem aos requisitos legais para se apresentarem na eleição, que vai escolher o sucessor do presidente René Préval.
O conselho deveria ter concluído na terça-feira a lista de candidatos, mas o anúncio foi adiado para dar aos membros mais tempo para decidir sobre questões legais relativas a vários dos 34 candidatos, incluindo Jean.
O cantor, que dizia vir sofrendo ameaças de morte desde sua candidatura, disse na quarta que elas não o impediriam de candidatar-se à presidência do Haiti, seu país natal.
"Há gente que me vê como ameaça a seu poder e suas ambições. Não vou desistir. Minha vontade é servir ao povo haitiano. As intimidações e ameaças de morte não vão me deter", disse Jean.
Jean, de 40 anos, declarou que recebeu telefonemas anônimos em que pessoas disseram que ele será morto se não deixar o Haiti. Ele está escondido e não aparece em público há dois dias, mas falou em tom de desafio.
"Há muita gente que morreu antes de mim. Se eu tiver que morrer pelo povo haitiano, pelos jovens, estou preparado para morrer", disse Jean.
Jean é muito popular no país caribenho. O Haiti se esforça para recuperar-se do terremoto devastador de 12 de janeiro que deixou até 300 mil mortos e destruiu boa parte da capital, Porto Príncipe.
A lei eleitoral haitiana requer que os candidatos tenham cinco anos consecutivos de residência no Haiti, além de outras exigências, como situação tributária em dia.
Jean deixou seu país aos 9 anos de idade para fixar-se nos Estados Unidos, onde iniciou e desenvolveu sua carreira musical internacional. Seus advogados dizem que ele atende aos requisitos para ser candidato à Presidência e mora no Haiti há mais de cinco anos.
Objeções de caráter legal foram feitas a vários outros candidatos, entre eles Jacques Edouard Alexis, ex-primeiro-ministro em duas ocasiões, e Leslie Voltaire, urbanista formado nos EUA e ex-ministro que desde o terremoto está intensamente envolvido na reconstrução do Haiti.
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