O juri do processo criminal contra Conrad Murray, o médico de Michael Jackson, concluiu suas deliberações nesta sexta-feira sem um veredicto, e retomará os debates na próxima segunda-feira.
Os sete homens e cinco mulheres que integram o juri "concluíram suas deliberações de hoje e retomarão os trabalhos na segunda-feira, dia 7 de novembro", informou um porta-voz da Corte Superior de Los Angeles no final da tarde.
Os jurados discutem um veredicto para a acusação de homicídio culposo contra Murray, um cardiologista de 58 anos julgado por dar a Jackson uma dose fatal do sedativo propofol para ajudar o cantor a dormir.
Na quinta-feira, durante sua alegação final, o promotor David Walgren afirmou que a negligência de Murray provocou a morte de Jackson.
Walgren destacou as graves falhas profissionais do médico de 58 anos, que recebia um salário mensal de 150 mil dólares. "A evidência neste caso é esmagadora... De que Conrad Murray agiu com negligência criminosa, de que Conrad Murray causou a morte de Michael Jackson...".
O advogado do médico, Ed Chernoff, disse ao juri que Murray foi "um pequeno peixe em um tanque sujo", e afirmou que as principais testemunhas do caso conspiraram contra o médico sobre o que ocorreu
na casa de Jackson no dia 25 de junho de 2009.
A defesa se baseou no argumentado de que Jackson era um viciado desesperado, que provocou a própria morte ao tomar mais medicamentos, enquanto Murray estava fora do quarto do cantor, na mansão nos arredores de Los Angeles.
O cardiologista pode ser condenado a até 4 anos de prisão e à perda da licença médica se for considerado culpado pela morte de Jackson.
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