O quarto de hotel onde morreu a cantora norte-americana tinha todos os indícios de vida boémia: malas espalhadas, restos de comida e bebida entregues pelo serviço de quartos e todos os apetrechos associados ao consumo de cocaína e outras drogas. Cenário que foi confirmado pelo relatório final da autópsia, hoje divulgado.
Os resultados toxicológicos mostraram a presença recente e crónica de cocaína, marijuana, Xanax, o relaxante muscular Flexeril e Benadril, medicação para alergias, no sistema da cantora encontrada morta no passado dia 11 de Fevereiro na banheira do hotel Beverly Hilton.
Perto da banheira, na bancada da casa de banho, foram encontrados todos os instrumentos necessários ao consumo daquelas drogas: uma pequena colher, que os investigadores descreveram ter uma «substância cristalizada» e uma substância branca em pó.
As dezenas de drogas e medicamentos encontrados na suite de Whitney Houston levaram a equipa de investigação a inicialmente suspeitar de morte por overdose, mas os resultados toxixológicos e exames complementares levaram a concluir que a cantora se afogou acidentalmente. Claro está que, na origem do acidente, esteve o abuso de cocaína e uma doença cardíaca que lhe causava 60 por cento de bloqueio numa das suas artérias.
No entanto, tudo no quarto da cantora evidencia aquilo que a polícia descreve como o espelho da sua vida, incluindo um buraco no nariz que reflecte uma longa «história de abuso de substâncias».
A cantora preparava-se para marcar presença na festa anual do seu mentor, Clive Davis, quando, por se queixar de uma dor de garganta, foi aconselhada pela sua assistente a descansar um pouco e a tomar um banho antes de se vestir para a festa.